O Poder do Hábito

Livro: O Poder do Hábito

Autor: Charles Duhigg

Editora: Objetiva

O Poder do hábito está na minha lista de livros preferidos. Comprei e li há uns 3 anos, e agora que escolhi falar dele para vocês, percebo que preciso ler de novo.

O livro é dividido em três partes: “Os hábitos dos indivíduos”, “Os hábitos de organizações bem-sucedidas” e “Os hábitos de sociedades”



Na primeira parte, Duhigg explica como os hábitos se formam, inclusive contando relatos de pesquisas científicas a respeito. Assim, os hábitos se constroem sob três fundamentos: Deixa - Rotina - Recompensa.

Bem próximo dos princípios básicos da psicologia comportamental, que na época que li o livro, ainda não conhecia e não dominava.

Ele também nos mostra que modificando a rotina, que se encontra entre a deixa e a recompensa é possível alterar os hábitos. Desta feita, defende que a força de vontade é treinável.

Na segunda parte, conta como alterações nos hábitos de algumas empresas, em momentos de crises, aumentaram significativamente os lucros.

Outro exemplo é de 1987, quando um rapaz chamado Howard Schultz comprou uma rede de cafeterias com 6 lojas. Em 3 anos, as 6 lojas passaram a ser 84. Hoje, a Starbucks conta com mais de 17 mil lojas em todo mundo. O motivo? Hábitos pessoais grandiosos de Schultz que foram transformados em hábitos corporativos de sucesso.

Nessa parte também temos explicações de como empresas podem alterar nossos hábitos, fazer com que escovemos os dentes diariamente, ou como o Submarino mostra na publicidade do seu Facebook exatamente o livro que você quer comprar.

Muito interessante, e nos faz pensar bastante se consumimos o que consumimos por que realmente desejamos.

Na terceira parte, Duhigg fala sobre hábitos em sociedade, e várias mudanças nestes no decorrer do tempo. Nos mostra como exemplo, como a sociedade de Montgomery, no Alabama, boicotou o uso de ônibus, nos quais os negros tinham diversas restrições, e daí se deu inicio um dos maiores movimentos em prol dos Direitos Civis, nos Estados Unidos.

Finalizando o livro, é apresentada e discutida a questão neurológica e ética dos hábitos. Mostra que mesmo que esteja provado que estes são tão fortes que nunca somem totalmente do cérebro, precisamos ser responsáveis por eles, e pelas decisões de alterá-los.

Pois como Einstein nos ensinou, insanidade é fazer sempre a mesma coisa, esperando obter um resultado diferente.

Onde encontrar pelo melhor preço hoje: Extra.com.br - R$22,88

A Casa do Céu

Livro: A Casa do Céu

Autora: Amanda Lindhout e Sara Corbett

Editora: Novo Conceito






E o post de carnaval vem em tom de saudade. Sim, saudade. Terminei esse livro no começo de Fevereiro e já estou morrendo de saudade da Amanda. O relato comovente e realista dos sentimentos da repórter ao escrever o livro me fez sentir como se fosse amiga dela, e me vi em todas as casas que ela foi mantida em cativeiro por mais de um ano. Consegui ver os rostos dos sequestradores, o fedor dos ambientes, o calor, a dor, enfim, senti tudo com ela. E quando terminei o livro, senti um vazio e percebi que era saudade. Acho que é assim que a gente percebe quando um livro é bom. 

Ganhei "A casa do céu" de aniversário da Thayz, e apesar de nunca ter ouvido falar do livro antes, me apaixonei pela capa, e pela descrição na contracapa. Um livro que definitivamente era a minha cara.

Amanda encontra seu refugio quando pequena em revistas da National Geographic, vislumbrando o mundo fora do Canadá. E quando faz 18 anos, se muda para Calgary e passa a trabalhar e juntar dinheiro para conhecer esse mundo. E assim ela faz, voltando por 6 meses para trabalhar e juntar mais dinheiro. Assim, Amanda conheceu a América do Sul, Oriente Médio, Ásia, África...

Ná Etiópia, Amanda conhece Nigel, um fotografo Australiano que trabalha para revistas de Londres. Eles se relacionam e viajam juntos para alguns países. Amanda se apaixona pela fotografia e começa a vender as fotos do mundo para revistas e jornais pequenos. 

Em uma de suas viagens um de seus contatos fala que uma emissora Iraniana precisa de repórter fluente em inglês para transmitir noticias de Bagdá. Amanda nem pensa duas vezes e se muda para o Iraque, la as dificuldades aparecem, e por ser de uma emissora menor, Amanda é desprezada pelos repórteres de outras emissoras. Quando a situação se torna insustentável, Amanda tem a ideia de ir para a Somália fazer reportagens por la e vender para quem quisesse. 

Amanda convida Nigel para essa ultima aventura, e após relutar, ele aceitam. Os dois embarcam para a Somália, então considerada o país mais perigoso do mundo, sentindo medo. Mas após um dia no país, acham que o medo pode ser infundado e começam a relaxar. 

Apesar de todo o cuidado, ao saírem para fazer a reportagem com um médica ao redor da capital somaliana, o carro em que estão é abordado e eles são capturados. E assim começa o sufoco. 

Amanda e Nigel ficam trancados em um quarto com dois colchões e acesso a um banheiro só para eles. Eles entendem que se tratam de um sequestro por uma das milicias somalianas em busca de dinheiro quando tem a chance de falar com suas famílias. As famílias porem não têm o dinheiro pedido, e os governos não se envolvem nesse tipo de sequestro financeiramente, apesar de dar o apoio às famílias. 

Eles passam uns meses sem terem muitos problemas e Amanda tem a ideia de se converter ao islamismo para serem tratados com mais dignidade. Porém após a conversão, Amanda e Nigel são postos em quartos separados pois homens e mulheres que não são casados ou da mesma família não podem conviver juntos.

E ai a sorte de Amanda começa a mudar. Ela passa a ser violentada quase diariamente por um dos captores. Ela e Nigel estabeleceram um tipo de comunicação por batidas nas paredes, porém ela nada conta a ele. E um dia, ele trama uma fuga para os dois. Eles conseguem chegar até a mesquita da cidade, antes de serem capturados outra vez. Depois disso, Amanda passa a ser torturada e privada de se locomover, ver a luz do dia e dos seus pertences. Nigel, por ser homem, não é privado de nada. 

Após muitas negociações e 460 dias em cativeiro eles são finalmente libertados. 

O breve relato do blog não é suficiente para passar toda a emoção do livro, que te prende do inicio ao fim. Durante a leitura pesquisei mais sobre a Amanda e a história dela e achei alguns links no youtube, inclusive das reportagens que ela fez quando trabalhou em Bagdá e vou coloca-los aqui.


Link da Press TVAmanda Lindhout Press TV


Documentário sobre o sequestroAmanda e Nigel sequestrados na Somália

Melhor preço: Extra R$ 10,80

Como Morrem os Pobres e Outros Ensaios

Livro: Como morrem os pobres e outros ensaios

Autor: George Orwell





Confesso que se não fosse pela faculdade, provavelmente eu não escolheria esse livro em uma prateleira para comprar e ler. Porém como ele fazia parte do Projeto Leitura, optei por não baixar o PDF e comprar.

George Orwell foi um grande romancista e cronista que está em alta nos dias atuais, lembro-me de ver várias pessoas na Bienal do Livro esse ano com exemplares de “Revolução dos Bichos” e “1984”, dois grandes sucessos do autor.

O livro é um compilado de ensaios feitos no período da Segunda Guerra Mundial, e vai de ensaios muito bons e empolgantes, aos ensaios maçantes.

Os primeiros ensaios o autor viveu como indigente inglês, atrás de albergues para passar a noite e de trabalhos em troca de alguns pences. Esses para mim foram os melhores ensaios, é impressionante imaginar que pessoas viveram assim, em lugares imundos, comendo mal, e migrando de um lugar ao outro. A condição de pobreza extrema choca e prende a atenção. Orwell quis também vivenciar a experiência de uma prisão, e por isso tentou por diversas vezes ser preso, ate finalmente conseguir, e fazer um relato sobre isso em outro ensaio. E finalizando esses ensaios, ele relata um hospital no qual ficou internado em Paris, um hospital para indigentes, onde os pacientes eram tratados como meros objetos de estudos dos médicos e residentes.

Depois disso, os ensaios são sobre a literatura inglesa da época, discursos dos ditadores, e a covardia intelectual. E nesse ponto, o livro, pelo menos para mim, ficou chato. Pois embora brilhantes os ensaios, é complicado para nós entendermos o que ele fala sem termos vivido na época e lendo uma mera tradução do inglês para o português, que perde o sentido de muito que ele explica.

Já no final, os últimos ensaios são sobre a infância dele em uma escola preparatória, e nesse ponto o livro volta a ficar interessante. Os ensaios são mais curtos e a mudança de assunto faz nossa atenção demorar a se dispersar.

Enfim, como disse no começo do post, não é um livro que compraria para puro lazer, não achei o livro maravilhoso, mas gostei de ter lido. Principalmente os primeiros ensaios.

Melhor preço: Saraiva
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