[RESENHA] Toda Luz Que Não Podemos Ver

Título: Toda Luz Que Não Podemos Ver

Autor: Anthony Doerr

Editora: Intrínseca

Toda Luz Que Não Podemos Ver, vencedor do Prêmio Pulitzer de Literatura na categoria de ficção deste ano, conta alternadamente a história de Marie-Laure e Werner.

A história é contada em pequenos capítulos, sem ordem cronológica, abrangendo 80 anos (de 1934 a 2014). Essa ausência de cronologia, por vezes, confunde um pouco um leitor menos atento, mas nada que interfira na produção. Pelo contrário.


Marie-Laure é francesa, e mora perto do Museu de História Natural de Paris, onde seu pai trabalha. Aos seis anos, ela fica cega em decorrência de uma catarata, e seu pai resolve construir uma maquete da cidade, para que ela possa saber onde e como se localizar. A cada aniversário seu, ela ganha do pai uma nova peça da maquete, que ao mesmo tempo é um quebra-cabeças que ela tem que desvendar.

Aos 12 anos, Marie-Laure e seu pai precisam fugir de Paris, durante a ocupação nazista, e vão para a cidade de Saint-Malo, onde vive seu tio-avô. Na fuga, sem que ela soubesse, eles levam um dos maiores tesouros do museu: um diamante chamado Mar de Chamas, que abarca uma infinitude de lendas.

Em contrapartida, em um orfanato na Alemanha vive Werner, com sua irmã Jutta e outras crianças, após a morte de seu pai em uma mina.

Certo dia encontra no lixo um rádio, e, encantado, resolve consertá-lo. Essa vira sua paixão. Ouvir com sua irmã histórias e lições de um professor francês, além da música, que o arrebata.

A vizinhança descobre os talentos de Werner em consertar rádios, e em pouco tempo, um oficial alemão pede que conserte um para ele. Isso acaba se tornando uma vaga em uma escola nazista, onde pode, enfim, aprender tudo sobre física, matemática, tecnologia, e por seus conhecimentos em prática.

Na escola, se torna amigo de Fredérick, que sofre muito nas mãos dos outros alunos, com consequências trágicas, deixando Werner indignado.

Ele acaba sendo enviado em uma missão especial para descobrir transmissões de rádios responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia.

Nessa missão, sua história se cruza com a de Marie-Laure, uma das responsáveis por transmissões clandestinas, após o desaparecimento de seu pai e de seu tio-avô.

O livro é lindo! Dá uma sensação de paz e vazio ao término. É sensível, e mostra a tentativa de sobreviver à guerra de outro tipo de perspectiva, diferente dos romances que estamos acostumados que são ambientados nessa época. Recomendo.


"Um livro notável sobre o que existe além do mundo que vemos"  - The Boston Globe                                                                                         

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